sábado, 26 de abril de 2008

[The best albums] - 5º Somewhere out in space (Gamma Ray)

Em 1997 o Gamma Ray mais uma vez estreava uma nova formação. A banda não conseguira, até então, lançar um álbum com a mesma formação do anterior. E este foi mais um, apesar de todo o sucesso do lendário Land of the Free (1995).

Com uma nova formação e um álbum anterior que era considerado por muitos o melhor da banda, o desafio era grande.
Não à toa a formação que estreou neste álbum está unida até hoje. O resultado dessa química perfeita não poderia ser diferente. A banda conseguiu com esse álbum temático expressar todo o estilo que faz deles uma referência. Nada menos do que 14 músicas (algumas introduções, é verdade) que são um clássico atrás do outro.

Beyond the black hole é o início perfeito, rápida, refrão grudento. É a mostra de que o que virá é puro power metal. Men, martians and machines e No Stranger apresentam um Gamma Ray pesado, porém mais melódico. Os vocais sintetizados dão o clima da temática, destaque para a grande performance vocal de mestre Kai Hansen em No Stranger.

O circo está montado para a faixa-título, Somewhere out in space já começa arrebentando, com um refrão entre os mais legais que eu conheço, ele quebra totalmente o ritmo cavalar da música, sensacional!!. No show deste ano (2008), a banda fez um arranjo diferente, mais lento, deste refrão no final. Ficou sensacional, demonstrando como a melodia da música é rica.

The Guardians of Mankind é uma continuação perfeita, a canção apresenta uma visão pessimista da humanidade de um ponto-de-vista meio "cósmico", com um grande refrão e riffs de guitarra bem pesados. The Landing introduz mais um clássico: Valley of the Kings, onde Kai Hansen mais uma vez dá um show, explorando sabiamente seu timbre vocal. Eis que vem a música que para mim é a melhor balada que tem. Pray é inefável, é daquelas músicas que vêm da alma e é de puro feeling.

Como não mencionar a injustiçada The Winged Horse. Também tem um dos refrões mais incríveis que eu já vi. O refrão é enorme e empolgante, a música é puro metal melódico com riffs de guitarra magníficos. Cosmic Chaos introduz a mais fraquinha do álbum Lost in the Future, que não chega a ser ruim, mas passa quase desapercebida. Watcher in the Sky vem em um clima quase de final de festa, música com uma pegada mais hard, mas com um estilo a la Gamma Ray bem marcante.

E quando parece que a festa tá acabando mesmo, entra Rising Star dá o clima para a entrada retumbante de Shine On. Kai Hansen entra rasgando na melhor música do álbum, do Gamma Ray e uma das melhores do metal. Um coral em algumas partes, um bridge perfeito que carrega o ouvinte até o refrão. Uma música que sintetiza positivamente a filosofia do álbum. Quem esperaria que após tanta música boa, viria mais essa. É o início de uma tendência do Gamma Ray em fechar seus álbuns com clássicos marcantes.

Ufa! Tentei escrever pouco, mas com um álbum tão bom e com tantas músicas é difícil. Só isso já mostra porque esse trabalho está aqui. É o início da formação mais promissora do Gamma Ray, consolida definitivamente a banda como referência do melódico/power metal, e prova para quem duvidava a genialidade do mestre Kai Hansen.

Melhor balada - Pray (All we can do is pray)


Um comentário:

Marcelo Francesco disse...

Caraio, deu vontade de ouvir esse album!!! se a "musica fraquinha" do álbum é Lost in the Future, da pra ter ideia do naipe da bagaça =P

'Cause I'm watcherrrrrrr in the skyyyyy